sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Piaba no Kombão - Rio Branco e Plácido de Castro

É isso. O Projeto Piaba no Kombão acabou, a kombi do seu Ebson foi devolvida, demos adeus estrada nos fins de semana, adeus interior do Acre. Mas isso é só por enquanto, o caldo não pode esfriar. Nesse fim de semana, a banda tocou no Festival Calango, em Cuiabá. Terra do Espaço Cubo e do calor. Há quem diga que Cuiabá é mais quente que Rio Branco. Eu não acredito. Mas enfim, vamos ao que interessa por que já se passou mais de uma semana desde o último show e não tem nada escrito aqui. Como é que pode? Não pode!

Rio Branco - 16/10

Jogar em casa é jogo ganho.O clichê serviu pro show do caldo também. Marcado para 17h no horário do rush da capital, de passos nem tão apresssados dos acrianos, o calçadão em frente ao Colégio Acreano parou- ou só passou- pra ouvir o som dos meninos. Aquela mesma história: quem ouve pela primeira vez aquele bando de marmanjo tocando música sem letra, vezes com notinhas do carimbó calypsiano, vezes baixo brega de jorge cardoso, vezes sons populares acha mangofa. Mas na verdade não deixa de ser. Mangofa da boa. O som do caldo é muito eclético e todo mundo que passava se identificava com alguma coisa. Além do repertório normal, teve uma versão Piaba Racional (veja aqui) e a participação da Lígia Martins, com Chorando se foi, que arrancou gritinhos e aplausos do público. Olha aí. Contando os vendedores de banana, pipoca e artesãos, o show do Piaba no Kombão em Rio Branco foi o que deu mais público.

Plácido de Castro -17/10

Dessa vez não foi necessário sair tão cedo de Rio Branco, Plácido de Castro é bem perto. Não havia com que se preocupar: A estrada estava boa, a kombi e o Cidão, o motorista trapalhão, estavam habilitados para mais uma viagem. Chegando lá, fomos direto procurar um hotel pra largarmos as coisas e almoçar. Conseguimos achar o pacote perfeito: O hotel de um lado e o restaurante do outro lado da rua. Hora do almoço.

Plácido de Castro é um dos municípios acreanos que faz fronteira com os hermanos bolivianos. A cidade é Vila Montevideo. Atravessa-se uma ponte, uma ladeira e simples assim, se está em outro país. Que por sinal parece ter parado no tempo. No tempo dos dinossauros. A cidade tem uma rua principal, de barro batido, casinhas coladas umas nas outras dos dois lados da rua com cheiro de pobreza, que são o comércio. Ao olhar aquela rua e aquele clima bizarro, parecia que a qualquer momento poderia acontecer um tiroteio, assim, bem faroeste. A bolívia é um país bem instável. Não aguentamos muito tempo por lá. Só o suficiente para comprar umas paceñas.

Descanso e montagem do som. O show vai ser na Praça dos Seringueiros. Bem bonita. Arborizada, grande e com uma quadra de futebol no meio dela, onde o palco já estava montado pros piabas embalarem a noite. Mais uma vez tivemos o público do Motocross, que pegou a agenda do Piaba no Kombão e veio seguindo com suas apresentações de manobras radicais e barulhentas. Isso é só uma especulação.

Ao término da apresentação das motocas, começa o show do caldo de piaba. Se o público de Brasiléia teve muita família, idosos e casais, o show de Plácido de Castro foi dominado pelas crianças. Eram muitas, correndo, dançando. Principalmente na hora de ' Billy Jean'. No final do show, apareceu uma moça dizendo que queria ter cantado com o Caldo uma música da Banda Calypso, mas ela chegou tarde.

Por fim, o show acabou, a praça esvaziou, o som foi guardado e tudo acabou em pizza, na pizzaria do Carioca.

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