quinta-feira, 19 de novembro de 2009

De São Carlos a São Paulo


Uma luz vermelha iluminava o palquinho maluco, que tinha só uma batera desmontada e umas caixas no canto. Bambuzal atrás, com luz verde, ainda não soltava fumaça. “É normal de Universidade Federal ter Bambuzal, é?”, soltou o Miúda. Esse era o cenário na UFSCar assim que a gente chegou por lá na terça-feira, 17/11, umas dez da noite. Bruno Kaiapy do Macaco Bong estava com a gente, tinha se deslocado pra São Carlos especialmente pra cuidar do som deste show. Saulim e eu ajudamos na montagem do som. A equipe da empresa do som era prestativa e logo tava tudo pronto.

Por um tempo discutimos como seria a economia do som: se teríamos 3 ou 4 canais para a batera. No fim, chegamos a um ótimo resultado com apenas 3 canais, sendo um condensador no bumbo e dois overs, um posicionado do lado do tom, meio que espiando de longe a caixa e o chimbal, e o outro posicionado próximo ao ride e o surdo. O som chegou bonito!

Detalhe do posicionamento de um dos mics

O cenário me lembrou muito a época dos showzinhos no minhocão da UnB. Cartazes, frases na parede... No público, claro, o pessoal da UFSCar. Platéia cheia em plena terça-feira, pra lá de meia noite, testemunhando a edição amazônica do palquinho maluco. Passamos o som com O Caminho do Bem, e o show seguiu numa pegada mais forte, com bastante improviso. Apareceu até A do Led, que a gente não tocava há algum tempo.

Caldo de Piaba

Mini Box Lunar

O show do Mini Box Lunar foi impressionante. Show divertido, coeso (mesmo com baixista substituto), e leve. Foi uma descoberta pra gente ver referências comuns entre nossos sons, e perceber as conexões amazônicas. Uma pitadinha do brega aqui, uma levada mais caribenha ali... Até versão da música O Milionário, dos Incríveis rolou no show deles, momento em que Heluana e JJ desceram do palco para bailar. No caldo do Mini Box, Tropicália, Mutantes, Tim Maia (racional também!) e muito mais... Destaque também pra discotecagem do Jovem, do Independência ou Marte. Só as grooves, bregas, amazonias e otras cositas más, na onde do som das bandas.


Depois do show, desmontagem, tudo pra van do Seu Batata (que era baixinho igual ao batatinha do manda-chuva) e, às 4h da madrugada, estrada! A recepção da metrópole não poderia ser diferente: 2 horas de marginal engarrafada, sono intermitente, torcicolo e cansaço. Nada demais. O dia seguiria cheio, aventuras no trânsito, show intenso. Tudo isso no próximo capítulo...

A van, o sono e a rio...

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