segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Caldo de piaba e bandas da Agência Fora do Eixo são apostas para 2010

Foto de Talita Oliveira

Caldo de Piaba vem do Acre, longe assim. São uma banda instrumental que mistura Carimbó com a guitarrada do Pará. Mas a mistura que eles fazem ainda passa por ska e brega, samba rock e Beatles. As releituras são uma parte importante do trabalho do Caldo que, na medida em que começa a aparecer na programação de festivais, também leva a composição tradicional do Acre para novo público. São uma daquelas bandas que, quando você vê ao vivo, precisa de uns três ou quatro minutos para se recompor.

(...)


Leia + no blog Pop Up, do Bruno Nogueira.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fim de ano e Sarau Liga Nóis

Povo,

O ano tá no restinho já e num dá pra deixar passar em branco. Foi o ano em que o Caldo começou a fazer a correria e que não foi pequena. Logo no comecinho, em janeiro, a gente entrou no Estúdio Big Head (do nosso parceiro Risley), e fizemos os registros de O Fanq, Venska pro papai e da versão instrumental da Lambada do Amapá, música de Jorge Cardoso. Nossa intenção era usar o material pra inscrição no Grito Rock 2009. E deu certo! Em fevereiro, na semana da ressaca do carnaval, a gente teve a honra de conseguir uma vaguinha e tocar neste que é o maior festival integrado da América do Sul, acontecendo em mais de 50 cidades.


Grito Rock 2009 (foto: Talita Oliveira)

No primeiro semestre, a gente continuou mostrando música instrumental pra galera, mas do nosso jeito. Shows no Palhukas junto com o Heloy, com nossas músicas e versões de Jorge Ben, Tim Maia e outros. Saraus na UFAC, sempre em parceria com o pessoal da Comunicação e Ciências Sociais. Foi num desses que o pessoal da segurança veio interromper nosso show na terceira música, sem nem deixar a Nicles subir ao palco. Ainda na UFAC, a gente teve a chance de tocar no extinto palco do DCE, retirado sem maiores explicações ou debates pela própria galera do DCE... Será sinal do fim dos tempos?

Mas não foi só na UFAC que a gente teve problemas com as "otoridade". Na véspera do dia da mentira, quando a gente comemorava o aniversário do nosso amigo e parceiro Juanito lá no restaurante peruano do nosso outro parceiro, o Roger, chegaram "os hómi" e novamente mandaram pará o forró! Dessa vez pelo menos metade do set tinha rolado. Teve ainda os forrós da Tentamen (com a Pimenta de Cheiro!), shows em outras casas noturnas da cidade, Programa Ao vivo na Aldeia FM e muito mais.



E coube bateria no Ao vivo na Aldeia! (foto: Eduardo Di Deus)


Sarau da Comunicação e Ciências Sociais UFAC, abril/2009 (foto: Elisson Magalhães)

O segundo semestre foi movimentado: encerramento do Ao vivo na Aldeia (show no novo mercado Velho), Cultura no Mercado, Festa da Diversidade ("caldo de piranha"), Noite Latina (valeu Malu e Ângela), os primeiros saraus Liga Nóis... Mas a grande novidade mesmo foi a boa notícia de que nosso projeto de circulação pelo interior tinha sido aprovado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Foi o Piaba no Kombão, que dá nome ao nosso blog, e que deu a chance pra gente rodar pelo interior do Acre a bordo de uma Kombi, acompanhados de uma equipe formada por parceiros e pela galera da Esfera Produções, que registrou tudim.


O Kombão! (foto: Elisson Magalhães)


Piaba colada no tapume do Casarão, divulgando o Kombão (foto: Lígia Martins)

Do interior, pra fora do Acre. Em outubro o Varadouro, que abriu portas pra tocar no Calango em Cuiabá-MT, que abriu portas pra tocarmos em São Paulo capital, ABC e interior. E isso é só o começo. Em 2010 o Caldo fará parte da Agência Fora do Eixo de bandas e vai rodar muito por aí. A gente não podia deixar o ano acabar sem agradecer a todos aqueles que nos deram força e apoio. Um abraço especial pro Fred, que não faz mais parte da banda, mas ajudou a gente a construir esse primeiro ano de história.

E pra fechar com chave de ouro, não podia ser de um jeito diferente, mas com um show, lá na nossa sede compartilhada (CUFA + Catraia + Centro Acreano de Hip Hop), o Centro Cultural Liga Nóis. É no próximo domingo, dia 27/12. Num é o Roberto Carlos, mas tem especial de fim de ano também! Esperamos todos por lá!!!


pescaria de longplays, por Talita Oliveira

Beijos e abraços,

Caldo de Piaba



3º Sarau Liga Nóis
1 ano do Caldo de Piaba / 6 meses do Liga Nóis

Caldo de Piaba, Cris Guto e Parafal.
DJs Som e Murilo
+ HipHop e Grafitti

Domingo, 27/12, 17h
Centro Cultural Liga Nóis
Principal da Cadeia Velha, 3ª esquina após o SENAI

Entrada: R$ 1,00 + 1 kg de alimento não perecível
Realização: CUFA, Catraia e Centro Acreano de Hip Hop

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

piaba no mundo




povo,

essa semana o caldo apareceu em vários lugares. primeiro foi na edição 39 da revista rolling stone, na coluna ouça também, ao lado das bandas terra celta, gloom e casa di caboclo. ontem também foi ao ar no programa #212 do loaded e-zine uma entrevista muito massa que fizeram com o saulinho. escuta lá!

e se não fosse só isso, agora há pouco foi ao ar a nossa participação no combo fala + joga, jogando video game com a bianca jhordão, vocalista da leela. nesta quinta tem reprise às 06:30h, 12h e 17h (hora de brasília), no canal 86 da sky, ou ao vivo pelo site da play tv.

a gente segue na correria, por enquanto mais no estúdio com coisas novas a vir...

beijo!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Macondo Circus 2009

Terminou nesse sábado o Macondo Circus, festival de cultura integrado ao Circuito Fora do Eixo-CFE, produzido pelo Macondo Coletivo, de Santa Maria-RS. Muita banda boa tocou na praça da cidade, com grafitagem e outras intervenções artísticas rolando. A gente se aproxima um pouquinho do festival acompanhando a cobertura que o CFE fez do evento.

No primeiro vídeo, a banda Móveis Coloniais de Acaju, de Brasília, fala sobre festivais independentes - inclusive o que eles próprios "convidam" -, seus shows fora do país, sobre a ilha do bananal, ingleses expulsos do Brasil por índios e portugueses, e mais...



No segundo, um pedacinho do show do Rinoceronte, banda de Santa Maria e do Macondo Coletivo. Dá pra gente ter uma idéia do show dessa que é uma das bandas a agência fora do eixo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Abertura do Fórum Estadual Setorial da Música


A Semana da Música teve inicio neste domingo, 23, com um show realizado no Mercado Velho, e estende com diversas programações, desde as lúdicas até as voltadas a discussões de políticas públicas para a área.

E hoje começa o Fórum Estadual Setorial de Música, que propõe reunir artistas, produtores, empresários, gestores e demais atores da cultura para discutir o cenário musical no Acre. Esse evento é importante para exposição, avaliação e debate das atuações dentro da cena musical acreana, assim como diálogo com os setores responsáveis pelas políticas públicas voltadas a cultura.

A abertura vai ser no SESC/centro, às 18h30 e o Coletivo Catraia vai participar da Mesa 1 que vai tratar sobre o mercado da música no Acre

A mesa tem por objetivo fazer um breve painel, pela experiência das pessoas e das instituições participantes, da situação atual do mercado da música no Acre, ao mesmo tempo em que busca levantar propostas de ações no sentido de que sejam estabelecidas políticas públicas e ações privadas com vistas à instituição e ao fortalecimento de melhores condições para o mercado da produção musical no Acre.

Entidades:
Cooperativa dos Músicos do Acre - Coopermúsica
Coletivo Catraia
Associação dos músicos e Produtores do Acre - AMUPAC
Representante de Estúdio e Sala de Ensaio
Abrasel


acompanhem a programação da Semana da Música, aqui

terça-feira, 24 de novembro de 2009

São Caetano e a partida

Sexta-feira, 20/11 (São Caetano)

Sexta foi o dia de São Caetano. São Caetano do Sul, no ABC. Dia chuvoso, feriado da Consciência Negra (sim, é feriado em São Paulo capital neste dia!). À noite, partida pra São Caetano do Sul: Caldo, Mini Box e Porcas a postos. O motora da van, aniversariante do dia, nos levou até o ABC com um documentário sobre punk do ABC rolando... No primeiro carreto a van levou o Caldo e o Minibox. Na segunda viagem a galera do Porcas e, claro, Marquito, a carta na manga das bandas da agencia fora do eixo.

Em um curto espaço de tempo já estávamos todos lá no espaço cidadão do mundo, sendo muito bem recebidos pelo pessoal da produção do evento e da casa. O lugar ofereceu para as bandas uma ótima estrutura de back line, e todo o suporte do Pajé, técnico da casa, que junto com o Marquito deixou o som da galera em cima.

Os shows rolaram naturalmente em total clima de celebração entre as bandas, produtores e agregados. Parecia que estava todo mundo em casa. O show do Mini Box foi muito louco, com solos piscicodelicos, performaces frenéticas e a cozinha com um punch impressionante. Aqui uma palhinha da viagem deles:



Pra fechar a noite fora do eixo com chave de ouro Porcas Borboletas fizeram um palco de 3,5 x 4 ficar gigante. Destaque para participação da querida JJ MiniBoxLunar.

JJ (Mini Box Lunar) e Porcas Borboletas

A viagem mostrou pra gente o espírito da Agência Fora do Eixo: união e trampo. As 4 bandas que tocaram juntas, Caldo de Piaba (AC), Mini Box Lunar (AP), Macaco Bong (MT) e Porcas Borboletas (MG) puderam se conhecer melhor e se preparar pra circulação que vem por aí em 2010. Foi um teste com nota 10 pra produção da Agência, que fez com que todos os eventos rolassem com tranquilidade pras bandas, tudo "nos conforme-seja". A gente volta pra Rio Branco com todo o gás, honrados por estar ao lado de bandas tão brilhantes e junto a uma equipe eficiente nos corres da agência.

saulim e dideus

Perdidos na selva e os shows em SP

Quarta-feira, 18/11 (MTV e Fórum da Cultura Digital)

Putz, meu. Puta trânsito na marginal...

Foi quando chegamos de São Carlos a São Paulo. Check-in no hotel Bourbon, na avenida Ibirapuera, chique no úrtimo. Pequeno descanso, já seguimos pra passagem de som. Chegando lá, Alex Antunes nos esperava com a notícia de que a passagem tava interrompida por conta de reclamações com o som.

Findou que não conseguimos passar, pois tinha uma entrevista marcada logo mais tarde. De volta ao hotel, Ney Hugo, do Cubo e do Macaco Bong, nos esperava com Heluana, JJ e Otto do Mini Box Lunar, pra irmos aos estúdios da MTV no Sumaré no carro dos Porcas Borboletas. O que eu não sabia era que teríamos que dirigir. Google maps num rolou, mas informação com o taxista sim... e fomos. Até que achamos fácil o caminho pro Sumaré, onde fica a tv. Lá cada banda respondeu a uma enquete pro Descarga. Tentaremos da próxima vez saber mais sobre os mistérios da Saga do Crepúsculo. E o Saulim promete aprender a estória do Mapinguari direito... Rolou também uma entrevista com as duas bandas pro site da emissora, feita pelo próprio Ney Hugo.

Mais trânsito, engarrafamento, entrada errada à esquerda, mas chegamos em tempo na Cinemateca pro show do Macaco Bong, que abriu a noite. Uma porrada! Show inspirado, com bastante improviso e participação visceral do Jack, percussionista do Porcas, banda que fez em seguida um show muito intenso.


Em seguida foi a nossa vez de subir ao palco. O evento ofereceu um ótima estrutura de backline, som e luz, e contamos com o auxilio formidável do nosso parceiro Marquito na técnica. Tudo pra deixar a gente bem à vontade no palco! Você pode conferir os vídeos das bandas Fora do Eixo tocando no primeiro dia do evento no site do Fórum de Cultura Digital.

Após a apresentação do Caldo vimos um trecho do show do Lucas Santana, e retornamos ao hotel, onde aconteceu uma reunião da Agência Fora do Eixo, com as bandas e envolvidos que estavam por São Paulo na semana. Foi importante pra gente entender melhor nosso papel nessa estória toda, e conhecer de perto alguns parceiros.


Quinta-feira, 19/11 (Play TV e Zé Presidente)

Palco do Zé Presidente

No dia seguinte, mais trampo. Contato com a produção do Mais Massa e Madame Saatan pra agilizar nosso transporte até o Bar Zé Presidente pela manhã, e a tarde fomos gravar um programa na PlayTV, o Combo fala + joga. Pra quem nunca viu, é um programa com entrevistas feitas jogando video game. Engraçado, ó.

No horário marcado a van da tv foi buscar a gente no hotel e seguimos no meio do caos em direção aos estúdios. Impressionante como tem carro! É massa e ao mesmo tempo preocupante ver uma galera lutando pra conseguir espaço como ciclista-trabalhador no trânsito de São Paulo (aquele que usa a bicicleta pra ir ao trabalho), enquanto a prefeitura acha que tá fazendo muito em criar ciclovias... aos DOMINGOS. Ou seja, não cria condições pra quem quer trocar o carro pela bicicleta quando isso é preciso...

Chegando nos estúdios tivemos o prazer de conhecer a simpática Bianca Jhordão, apresentadora do programa e vocalista da Leela. Gentilmente ela nos levou para escolher os jogos que o Caldo jogaria no programa: the sims racing e futebol, claro! O clássico pro evolution dos games.

A entrevista seguiu muito naturalmente, a Bianca deixou a gente super a vontade no estúdio e batemos um papo super descontraído sobre a banda, a cena local, os projetos do caldo, inclusive as viagens do Piaba no Kombão. Uma das melhores e mais informativas entrevistas que o caldo já fez. O programa é gravado e provavelmente será exibido entre dezembro e janeiro. A gente avisa pra todo mundo poder acompanhar junto com a gente.


A noite, quem levou a gente pro show Zé Presidente (afinal, fica na Vila Madalena ou em Pinheiros?) foi o Fernando Montanha, um dos produtores da festa e da galera da banda Sonso Cara muito gente fina que deu todo suporte necessário nesse evento.

Chegando lá já na calçada nos esperando tava outro Zé, o Flávio Jr, que conferiu mais um show do Caldo e trocou uma idéia com a gente lá. Logo na recepção do bar tinha um cachorro, o mesmo da logomarca do espaço, e o montanha nos apresenta: "galera, esse aqui é o Zé Presidente". Isso mesmo, o cachorro é o que dá o nome pra casa. E ele fica circulando nas dependencias enquanto a balada não começa interagindo com a galera, muito massa. A casa é muito simpática, pequena (tanto que a cabine de som e o DJ ficam em cima do palco), mas aconchegante. Ambiente perfeito pra um show mais próximo do público. Um pequeno palco vermelho dava um charme a mais.

Nossos companheiros amazônicos do Madame Saatan chegaram logo em seguida, e botaram toda a infra do som, amplis e batera. Juntos definimos o palco: posicionamento de equipamentos e passagem de som. Aos poucos o público foi chegando e se reunindo no hall da casa. Uma lage fica logo na entrada, de onde se pode acompanhar toda movimentação da rua. Para compor ainda mais a noite massa alguns amigos do Acre que estudam em São Paulo compareceram para celebrar com a gente: Léo, Orlando, Estefano e sua namorada e Dande. Diogo e Anzol completavam a platéia acreana, que tornou o ambiente um pouco mais familiar.

Por volta das 00h30 a gente sobe pra fazer nosso show. Pairava no ar uma energia muito positiva que fez com que a gente se conectasse transformando banda e publico numa coisa só. Fizemos um show curto, porém consistente. Depois do show ficamos impressionado com a conexão que rolou entre os instrumentos e com os improvios que rolaram. Talvez um dos melhores shows do Caldo.

Madame sattan mandaram seu som pesado com melodias e bailados hipinotizentes de Sammliz que dispensam elogios. Com direito a, pela segunda vez, outra conexão amazônica na escolha de música pra fazer versão. Se em São Carlos descobrimos que o Mini Box também toca O Milionário, dos Incríveis, no Zé Presidente o Madame mandou I Want You, dos Beatles. Foi massa!

A grande surpresa foi o "Saulo Duarte e a Unidade", o cara mandou muito bem. Destaque pro Beto Gibs, também batera do Lucas Santana e do Otto. Com influência fortíssima do brega e blues, eles não deixaram ninguém parado com suas canções, muitas falando de amor. A primeira era muito Pia Villa, e a segunda era totalmente Reginaldo Rossi!!!

Na sexta a gente seguiria pra São Caetano com Porcas e Mini Box, grande experiência. No próximo post...

Saulim e Di Deus

domingo, 22 de novembro de 2009

A volta e uma indicação

Já de volta a Rio Branco, a gente ainda tá devendo uma conversa sobre os shows de São Paulo capital e São Caetano do Sul. Vem logo... Mas já dá pra conferir já algumas fotos no nosso FLICKR.

Enquanto isso, a gente aproveita pra indicar um blog bem legal que conhecemos. É o SOM DO NORTE, "um blog dedicado à música dos estados do Norte do Brasil". Vale a pena acessar o link, que leva a uma pequena entrevista feita com Rubens Gomes, da Oficina de Luthieria da Floresta, a OELA. Muitos no Acre conhecem o Rubão, que no começo dos anos 90 tinha um bar aqui em Rio Branco, onde ele sempre tocava seu violão. Nessa entrevista o Rubão conta como foi atender à encomenda de um violão de 13 cordas.

Uma boa noite, e uma boa semana!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

De São Carlos a São Paulo


Uma luz vermelha iluminava o palquinho maluco, que tinha só uma batera desmontada e umas caixas no canto. Bambuzal atrás, com luz verde, ainda não soltava fumaça. “É normal de Universidade Federal ter Bambuzal, é?”, soltou o Miúda. Esse era o cenário na UFSCar assim que a gente chegou por lá na terça-feira, 17/11, umas dez da noite. Bruno Kaiapy do Macaco Bong estava com a gente, tinha se deslocado pra São Carlos especialmente pra cuidar do som deste show. Saulim e eu ajudamos na montagem do som. A equipe da empresa do som era prestativa e logo tava tudo pronto.

Por um tempo discutimos como seria a economia do som: se teríamos 3 ou 4 canais para a batera. No fim, chegamos a um ótimo resultado com apenas 3 canais, sendo um condensador no bumbo e dois overs, um posicionado do lado do tom, meio que espiando de longe a caixa e o chimbal, e o outro posicionado próximo ao ride e o surdo. O som chegou bonito!

Detalhe do posicionamento de um dos mics

O cenário me lembrou muito a época dos showzinhos no minhocão da UnB. Cartazes, frases na parede... No público, claro, o pessoal da UFSCar. Platéia cheia em plena terça-feira, pra lá de meia noite, testemunhando a edição amazônica do palquinho maluco. Passamos o som com O Caminho do Bem, e o show seguiu numa pegada mais forte, com bastante improviso. Apareceu até A do Led, que a gente não tocava há algum tempo.

Caldo de Piaba

Mini Box Lunar

O show do Mini Box Lunar foi impressionante. Show divertido, coeso (mesmo com baixista substituto), e leve. Foi uma descoberta pra gente ver referências comuns entre nossos sons, e perceber as conexões amazônicas. Uma pitadinha do brega aqui, uma levada mais caribenha ali... Até versão da música O Milionário, dos Incríveis rolou no show deles, momento em que Heluana e JJ desceram do palco para bailar. No caldo do Mini Box, Tropicália, Mutantes, Tim Maia (racional também!) e muito mais... Destaque também pra discotecagem do Jovem, do Independência ou Marte. Só as grooves, bregas, amazonias e otras cositas más, na onde do som das bandas.


Depois do show, desmontagem, tudo pra van do Seu Batata (que era baixinho igual ao batatinha do manda-chuva) e, às 4h da madrugada, estrada! A recepção da metrópole não poderia ser diferente: 2 horas de marginal engarrafada, sono intermitente, torcicolo e cansaço. Nada demais. O dia seguiria cheio, aventuras no trânsito, show intenso. Tudo isso no próximo capítulo...

A van, o sono e a rio...

Caldo de Piaba no Seminário do Fórum Internacional da Cultura Digital

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma receita e tanto: temperar Mais Massa com Caldo de Piaba.


Do blog do + Massa
(...)

As sonoridades das bandas são diferentes, o que aumenta o interesse pelo evento e reforça a proposta de diálogo do projeto: enquanto o Madame transita pelo metal, fazendo correr as tradições populares do Pará no peso das guitarras, Saulo Duarte e a Unidade correm pelas melodias dançantes e pelas entoações figurativas da canção popular brasileira.

Também vai ser digna de nota a participação mais que especial da banda Caldo de Piaba, do Acre, terra dos Los Porongas. Diz o release dos caras que, segundo a fala popular, “Caldo de Piaba é um caldinho bem ralo, que é bom pra curar a ressaca. Moradores do alto rio Envira, no entanto, afirmam que se trata de uma delicatessen.

Formado no final de 2008, o Caldo é um projeto idealizado por amigos que tem em comum o gosto pela mistura de ritmos e a vontade de experimentar com a música instrumental. Além das composições próprias, são apresentadas releituras de velhas canções populares. Nesse consistente Caldo quem conduz a melodia é a guitarra (como na lambada e na guitarrada paraense) e o teclado (como no blues e em músicas populares brasileiras, o “brega”) que ainda se encontram com a bateria e o baixo inspirados no funk, no ska e no samba-rock. Isso tudo misturado com um toque de psicodelia, com uma certa liberdade de improviso, e com o que mais for surgindo. Esse é o pano de fundo das composições do Caldo de Piaba que vem conquistando seu espaço no cenário da música acreana. Piaba no Kombão


Em um ano de trajetória, a banda já rodou o interior do Acre a bordo de uma Kombi, levando seu show para praças e coretos. Se apresentou também em festivais independentes como o Varadouro e Grito Rock (Rio Branco-AC) e Calango (Cuiabá-MT)

siga o caldo!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Impressões da rádio


A gente chegou na rádio UFSCar ontem por volta das dez da noite, com o bonde feito pelo Fí e o Jovem, galera firmeza do Massa Coletiva que faz a apresentação e produção do programa. Independência ou Marte. Seria o programa #122. Tivemos a ótima recepção do D2, batera do Plano Próximo e responsável tec da rádio, e que também faz parte da sonorização Massa Coletiva.

Ficamos impressionados com a estrutura do estúdio da rádio, três salas, uma com a mesa bacana e com ótimos periféricos. Outra sala para a banda e mais uma para locução. Tudo que uma banda precisa pra fazer uma gravina de boa qualidade e isso tudo sendo transmitido ao vivo. Demais!

Demos uma força pro D2 na montagem dos equipos, montagem da batera e conexões de cabos. Aliás, uma senhora Odery studio series, com um bumbo de 20"x18", com um som de responsa, captado por 2 mics (um sm58 le son dentro e um condensador M audio nova do lado de fora). O restante da captação da batera foi simples: um sm-58 na caixa, e dois overs sun riser e-614 captando pratos, chimbal e surdo. A guitarra ligada num combo de aprox.imadamente 30wats microfonado e o baixo em linha. De retorno fones de ouvido pra todos. Levantamos o som de cada instrumento começando pela batera e logo já estavamos passando o som. Sem que soubéssemos o Fi já entrava ao vivo na radio com nossa passagem de som de fundo. Segundo ele, o som já veio na pressão.

Alguns minutos depois entramos ao vivo, abrindo com a nossa nova música Plé-plé-hum. No meio de uma conversa descontraída sobre nossas influências, a cena no Acre, circuito fora do eixo e muito mais, tocamos: Lambada do Amapá (Jorge Cardoso), Venska pro Papai, O Fanq e Moendo Café.

Saímos da rádio, que fica dentro do Campus da UFSCar muito felizes com o resultado do programa e impressionados com o trampo da galera. Ao mesmo tempo em que estávamos na rádio gravando o programa ao vivo, uma galera do massa se reunia na sede do coletivo pra participar do Observatório Fora do Eixo, um debate on-line, que tá rolando essa semana, desta vez uma Conferência Livre de Comunicação. Agora que tá lá na rádio é o Mini Box Lunar, do Amapá, gravando o programa que vai ao ar hoje, 22h (hora de brasília). Você pode escutar no site da rádio UFSCar. À noite as duas bandas tocam no paquim maluco. Noite amazônica na UFSCar. E o Margarido já tá pra chegar.

Saulim e Di Deus

PIABA EM SÃO CAETANO


Nesta sexta dia 20/11 às 19h, tem Caldo de Piaba com Porcas Borboletas e Mini Box Lunar no Cidadão Do Mundo, em São Caetano (SP). Quem quizer ouvir, vai ser transmitido ao vivo na rádio cidadão do mundo e pelo programa MISCELANEA POP.

siga o caldo!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Caldo de Piaba ao vivo na rádio UFSCAR HOJE

Partindo, quase dormindo...

Depois de quase 14 horas na estrada (e voando), já estamos em São Carlos, Miúda, Saulo e Eu. Frederich Margarido chega amanhã, após a primeira batalha de sua busca por uma vaga no mestrado.

Foi aquele maravilhoso vôo da madrugada, conexão relâmpago em Brasília, e pouso pouco depois das 10 da manhã no aeroporto de Congonhas, no meio da selva de pedra. Logo em seguida chegou o pessoal do Mini Box Lunar, lá do Amapá. As meninas da banda ficaram em Sampa pra umas entrevistas, e o restante seguiu com a gente de van direto pro Interior.

Na rodovia dos Bandeirantes

Três horas e meia depois, já tamo aqui na sede do Massa Coletiva, nos preparando pra mais tarde, 22h no horário de Brasília (20h no horário do Acre), entrar ao vivo no programa Independência ou Marte. Rola de acompanhar pelo site da Rádio UFSCAR.


Chegamos "numa hora boa" por aqui: a galera acabou de receber a notícia de que o Massa Coletiva é o mais novo ponto de cultura de São Carlos. É uma cidade bonita, uma mistura de cidade do interior, com a arquitetura do centro meio antiga, mas com movimento de cidade grande.

Então até mais tarde, ao vivo na rádio UFSCAR!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Caldo de Garoa



Caldo de piaba dessa vez embarca para mais uma maratona de shows. Só que dessa vez eles vão de avião. Primeira parada é em São Carlos, 16/11. Entrevista na rádio UFSCAR e dia 17/11, show na Universidade Federal de São Carlos.

De São Carlos, dia 18/11, os piabas vão para São Paulo tocar no Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira junto com Macaco Bong e Porcas Borboletas.

Ainda em São Paulo, 19/11 no bar Zé Presidente, junto com Madame Saatan. E pra fechar, show dia 20/11 em São Caetano.

Siga o caldo!

sábado, 14 de novembro de 2009

Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital

O Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital acontece entre os dias 18 e 21 de novembro, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O evento é o primeiro encontro presencial do Fórum da Cultura Digital - um processo planejado para ser horizontal, coletivo, democrático, que reconhece a blogosfera e as articulações em rede como espaços fundamentais para a promoção e realização da cidadania. Ao final deste encontro, será elaborado um documento para ser entregue ao ministro da Cultura e ao presidente Lula com as bases para uma política pública de cultura digital.

No Seminário Internacional, poderão ser acompanhadas mesas de debate com pesquisadores, ativistas, representantes do governo, convidados internacionais, além de atividades culturais e oficinas – a programação completa do evento e a partir do dia 18 , transmissão ao vivo, no endereço www.culturadigital.br

E nós, Caldo de Piaba e Mini Box Lunar (PA) estaremos embarcando nesse fim de semana pra participar desse evento no sábado em São Paulo, além de dar uma esticadinha em São Carlos e São Caetano durante a semana para participar de entrevistas e fazer alguns shows na terra da garoa.

Em breve o nosso trajeto...



PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO FÓRUM DA CULTURA DIGITAL


4º Dia – 21/11 – Sábado

9h/17h

Credenciamento/ inscrição

9h/12h
Transmissão da sala BNDES na Sala Petrobrás
Contexto Internacional da Cultura Digital – Sala BNDES
Palestrantes:
Raquel Rennó (pesquisadora de arte digital e integrante da Associaçao Cultural de Projetos em Cultura Digital ZZZinc, de Barcelona e do International Center for Info Ethics, da Alemanha)
David Sasaki (diretor do Rising Voices)
Ivo Corrêa (Responsável pelas políticas públicas e governamentais da Google Brasil)
Alfredo Manevy (Secretário executivo do Ministério da Cultura)
Amelia Andersdotter (membro do Partido Pirata Sueco)
Moderador: Álvaro Malaguti (gerente de projetos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP)
Transmissão da sala BNDES nas tendas do hall

12h/14h
Encerramento

14h/17h
Cerimônia de encerramento – Sala BNDES
Entrega do resultado do trabalho realizado ao Ministro da Cultura, Juca Ferreira
Atividades culturais – lona de circo externa

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Caldo de Calango por Piaba

Piabas no Calango 2009


Nesse último fim de semana rolou o festival calango 2009. Fui no festival a convite da organização pra tocar com o Caldo de Piaba. Fomos escolhidos através do catálogo fora do eixo. Depois de 36h cansativas de chão chegamos em cuiabá mais quente do que nunca. De calorosa de fervorosa. Galera do cubo trampando a mil, juntamente com o auxilio da galera fora do eixo. Representantes de vários coletivos de todo Brasil envolvidos no festival e no trampo. Inclusive a gente, os piabas, representando o Catraia. Além participarmos do festival enquanto banda, fomos levando um exposição de instrumentos musicais construidos aqui no acre pela NS Luthieria. Inclusive, tocamos com um baixo e uma guitarra da NS.

Um dos fatores mais importantes em um festival da ABRAFIN e Fora do eixo como o Calango, é a possibilidade que se tem de trocar informações, experiências e tecnologias de trabalho.E isso foi muito bacana pois o festival vem num conceito de artes integradas então você tem a troca com outros segmentos além da musica.
O Festival dispensa elogios quanto a produção. A galera trampa pesado pra que tudo corra como o planejado. Nisso você tem um atendimento de primeira, qualidade na hospedagem, no translado e no festival. Uma galera envolvida na comunicação produzindo conteúdo na íntegra. Internet,blog, textos, vídeos, twitter bombando e um puta planejamento de sonorização eficiente e eficaz.

Nós como banda tivemos todo suporte necessário para fazer a execução do nosso show com tranquilidade e mto swing hehehe. Isso é importante, porque aqueles 30 min são valiosos., pois podem mudar a carrera de uma banda. É o tribunal dos jornalistas, os juízes dos festival e do circuito!!!

Normalmente quando se fala de festival com uma programação extenso de bandas, imaginamos que tenha muita banda e pouca qualidade sonora e estética. O calango esse ano provou o contrário. Muitas bandas é verdade, mas todas elas me pareceram bandas prontas. Claro que uma banda ali, outra aqui não é muito a praia que a gente faz e costuma ouvir normalmente. Mas a grande maioria sabia o que queriam ali em relação a sua proposta.

A primeira noite teve o destaque pra Venusvoltz (SP), Walverdes (RS), O garfo instrumental do Ceará, Rinoceronte de Santa Maria RS e claro, Macaco bong já estabelecida no cenário como uma das bandas mais bacanas da atualidade.

Rinoceronte(RS)

VenusVolts (SP)

Fotos por Carlos Magno


Segundo dia de festival. Mas corre da galera, mais coisas legais acontecendo mais troca de tecnologia e claro mais musica. Sabadão. A primeira atração pra mim, já foi a mais foda da noite. O cara surpreendeu todo mundo. Um argentino solamente, o gente boa Gomes. O show é só dele. É isso mesmo, o cara faz o show sozinho. Assim que chegamos em Cuiabá rapidamente já rolou um comentário sobre um cara que fez um show na prévia sozinho sem banda (a banda era ele) e deixou todo mundo de cara. Quando vi a programação, lá estava ele no sábado.. vamo lá. O cara é muito louco. Começa o show gravando loopings com o violão, logo em seguida grava algumas bases e sobe na batera, depois começa a cantar, gravar ruídos. Nisso ele vai gravando tudo simultaneamente ao vivo e ele executa 30 min de loucura sonora. Vale a pena conferir o cara: Proyecto gomes.

Destaque no sábado também para a carioca Jonas sá, com perfomance frenética, acompanhado pelo Do amor , Mini box lunar do Amapá e o Devotos de Pernambuco, que fechou a noite.
Mini Box Lunar. Por Rafael Monteiro

Domingão, praça das bandeiras. Lugar muito bem escolhido pela organização. Ótima estrutura de som. Solzão, mas um vento massa. Os caras desceram lá de belem pra abrir o último dia de calango. o Sincera banda de Daniel Soares. Fazia tempo que queria ver o show deles. Mandaram ver um hardcore melodioso verdadeiro e convincente. Se os caras continuarem no corre, vão rodar bastantes festivais. Depois do sincera, o cômico Melda. o melda é outra banda de um cara só. Claudão Pilha, que toca também no Estrume´n´tal e organiza 1° Campeonato Mineiro de Surf que acontece na obra lá em BH. Com seu rock n roll, cerveja, mulher e frustrações comandou, com samplers de batera com influências de surfmusic, punk e grunge, guitarras nervosas e distorcidas. Muito bacana o Melda.

Em seguida o Black Sonora de minas que veio com uma proposta de funk com samba e muita música brasileira. Destaque também para Vitrolas Polifônicas de Cuiabá, Somero (RR) e Dom Capaz de Uberlandia. Todas bandas prontas competentes para fazer show em qualquer lugar. Daí veio lá do Paraná o Nevilton (o nome da banda é o mesmo nome do vocalista). Um ótimo exemplo de banda independente que faz o corres e circula fazendo varios shows no sul, sudeste. O nevilton era um dos nomes mas comentados nos arredores do festival, foi tido pela imprensa e os produtores como revelação. E foi incrivel, na segunda musica o público já entrou totalmente na onda da banda. Cantando as musicas e interagindo, fazendo uma animada coreografia coletiva. Nevilton é uma das grandes promessas do circuito. Vale a pena conferir, aqui.

Mas não acabou ainda. Tinha muita água pra passar nesse rio, e quem sobe ao palco é o Toninho Horta de minas. O cara é muito respeitado por toda classe musical. Já constituiu grande parte de sua carreira no exterior, tocou com toda a galera do clube da esquina de minas, Milton Nascimento e outros. Toninho é um ótimo guitarrista. Fiquei de cara com o trabalho de harmonia e improviso que a banda apresentou. É o show que toda banda instrumental deveria assistir. Uma aula de sensibilidade, técnica e humildade em cima do palco.

Logo em seguida no outro palco começa o Ebinho cardoso renomado contrabaixista cuiabano. Não deixou a desejar nem um pouco, com uma musica muito bem trabalhada, com melodias de bom gosto, fazendo misérias no baixo. Umas horas pareciam timbres de guitarra, outras sax e sofejos que compunham a proposta instrumental.

E então, o grande show da noite: Marku Ribas, o mineiro que trás na bagagem 48 anos de carreira. Já gravou na gringa, ja fez até filmes. Botou a baixo a praça das bandeiras e quebrou tudo com o seu samba rock jazzistico. Não deixou um ser humano sequer parado.

E fechando o festival, jogando em casa com o jogo ganho: Linha dura, mandando sua real da correria e dos anseios da quebrada. Acompanhado pelo Macaco Bong, fez um showzão com direito a participação da galera do Música do mato, projeto que envolve o macaco bong, ebinho cardoso, linha dura e outros artistas cuiabanos . Também vale a pena conferir.


O Calango acaba e continua se estabelecendo como um dos festivais mais importante do Brasil e eu me sinto honrado de poder presenciar esse processo.

Valeu

Saulim Machado.

Piaba no Mercado


Neste sábado, 7 de novembro, tem Piaba no Mercado!!!

A gente vai tocar no Projeto Cultura no Mercado, que vai ter também show do Shaneihu Yawanawa e várias performances artísticas.

Aparece e chama o povo!!!

PROGRAMAÇÃO

PERFORMANCES

18h30: Everton Simão - Meu Sonho Encantado

18h45: Roberta Marisa - Traquinagem Poética

19h10: Sandra Buh e Ecio Rogério - Uma História de Amor

19h50: Zé do Côco e Chica Brejeira - Culturas Populares


SHOWS

20h15: Shaneihu Yawanawa

21h45: Caldo de Piaba



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Piaba no Kombão - Rio Branco e Plácido de Castro

É isso. O Projeto Piaba no Kombão acabou, a kombi do seu Ebson foi devolvida, demos adeus estrada nos fins de semana, adeus interior do Acre. Mas isso é só por enquanto, o caldo não pode esfriar. Nesse fim de semana, a banda tocou no Festival Calango, em Cuiabá. Terra do Espaço Cubo e do calor. Há quem diga que Cuiabá é mais quente que Rio Branco. Eu não acredito. Mas enfim, vamos ao que interessa por que já se passou mais de uma semana desde o último show e não tem nada escrito aqui. Como é que pode? Não pode!

Rio Branco - 16/10

Jogar em casa é jogo ganho.O clichê serviu pro show do caldo também. Marcado para 17h no horário do rush da capital, de passos nem tão apresssados dos acrianos, o calçadão em frente ao Colégio Acreano parou- ou só passou- pra ouvir o som dos meninos. Aquela mesma história: quem ouve pela primeira vez aquele bando de marmanjo tocando música sem letra, vezes com notinhas do carimbó calypsiano, vezes baixo brega de jorge cardoso, vezes sons populares acha mangofa. Mas na verdade não deixa de ser. Mangofa da boa. O som do caldo é muito eclético e todo mundo que passava se identificava com alguma coisa. Além do repertório normal, teve uma versão Piaba Racional (veja aqui) e a participação da Lígia Martins, com Chorando se foi, que arrancou gritinhos e aplausos do público. Olha aí. Contando os vendedores de banana, pipoca e artesãos, o show do Piaba no Kombão em Rio Branco foi o que deu mais público.

Plácido de Castro -17/10

Dessa vez não foi necessário sair tão cedo de Rio Branco, Plácido de Castro é bem perto. Não havia com que se preocupar: A estrada estava boa, a kombi e o Cidão, o motorista trapalhão, estavam habilitados para mais uma viagem. Chegando lá, fomos direto procurar um hotel pra largarmos as coisas e almoçar. Conseguimos achar o pacote perfeito: O hotel de um lado e o restaurante do outro lado da rua. Hora do almoço.

Plácido de Castro é um dos municípios acreanos que faz fronteira com os hermanos bolivianos. A cidade é Vila Montevideo. Atravessa-se uma ponte, uma ladeira e simples assim, se está em outro país. Que por sinal parece ter parado no tempo. No tempo dos dinossauros. A cidade tem uma rua principal, de barro batido, casinhas coladas umas nas outras dos dois lados da rua com cheiro de pobreza, que são o comércio. Ao olhar aquela rua e aquele clima bizarro, parecia que a qualquer momento poderia acontecer um tiroteio, assim, bem faroeste. A bolívia é um país bem instável. Não aguentamos muito tempo por lá. Só o suficiente para comprar umas paceñas.

Descanso e montagem do som. O show vai ser na Praça dos Seringueiros. Bem bonita. Arborizada, grande e com uma quadra de futebol no meio dela, onde o palco já estava montado pros piabas embalarem a noite. Mais uma vez tivemos o público do Motocross, que pegou a agenda do Piaba no Kombão e veio seguindo com suas apresentações de manobras radicais e barulhentas. Isso é só uma especulação.

Ao término da apresentação das motocas, começa o show do caldo de piaba. Se o público de Brasiléia teve muita família, idosos e casais, o show de Plácido de Castro foi dominado pelas crianças. Eram muitas, correndo, dançando. Principalmente na hora de ' Billy Jean'. No final do show, apareceu uma moça dizendo que queria ter cantado com o Caldo uma música da Banda Calypso, mas ela chegou tarde.

Por fim, o show acabou, a praça esvaziou, o som foi guardado e tudo acabou em pizza, na pizzaria do Carioca.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Piaba em Xapuri





por Kaline Rossi

fotos: Elisson Magalhães

O dia amanheceu com cara de "hoje eu não vou chover". Ainda bem, por que a previsão do tempo para o fim de semana era muita chuva. Kombão carregado, contas pagas e saimos rumo à Xapuri. Chapury's, a pousada, nos acolheu com um ambiente super nostálgico. Passado, coisas antigas e coisas de Chico Mendes, num museu particular por todos os lados. O proprietário, João Mendes, era amigo de Chico Mendes que contava com o brilho no olhar suas histórias e com o sorriso nos lábios as lembranças de Xapuri dos anos 80.

Até o Roberto tava na Chapurys

Da pousada dá pra ver a igreja São Gabriel , que abraça de frente a praça onde vai ser o show do Caldo de Piaba logo mais. Xapuri é uma cidade bem mais tranquila que Brasiléia. Tão tranquila que para comprarmos água mineral tivemos que ir a 7 estabelecimentos, dentre eles: bares, lanchonetes, sorveterias, e nenhum deles vendia uma garrafinha sequer. Dá a enteder que o xapuriense tem outras formas de adquirir água, ou que nem tomam mesmo. O negócio foi partir para a Coca-Cola.

Depois do almoço, hora de arrumar o palco. O coreto no meio da praça foi perfeito. Luz e som, ok. Com um carro de som, Aarão, ou melhor, sua voz, sai espalhando pelos 4 cantos da cidade: "Hoje tem show caldo de piaba na praça, depois da missa". 8h00 e sobe ao palco Juvenal do forró, acompanhado de um grupo de tocadores veteranos dos forrós de Xapuri. Sanfonas, bandolins, pandeiro, violão, contra baixo, bateria e meia lua aqueceram o palco pro Caldo de Piaba.
Juvenal do Forró

A noite em Xapuri, como em quase todos os lugares que o kombão passou, teve um convidado especial: Gabriel, o percursionista. Ele acompanhou o show do piaba com suas congas, dando um toque especial ao Caldo. Muita gente concorda que deveria participar especialmente mais vezes. Vendemos alguns Cd's e tivemos fãs que vieram de Rio Branco para assistir, foi bem legal. Depois do show, para matar a fome, o único lugar que ainda estava aberto às 23h era a Pizzaria do Dudu, e foi lá mesmo que encomendamos as pizzas que fecharam a noite com calabresa de ouro.
Piaba com percussão

Depois de uma noite bem durmida e um café da manhã reforçado, assistindo as notícias do jornal da manhã de segunda feira, arrumamos as coisas na kombi e seguimos viagem, de volta à Rio Branco. Até a proxima.

Caldo de Piaba em Brasiléia

Últimas paradas: Rio Branco e Plácido de Castro


Depois de passar por Sena Madureira, Brasiléia e Xapuri, o projeto Piaba no Kombão chega a Rio Branco, nesta sexta-feira, dia 16 de outubro. Dentro do mesmo espírito de valorizar espaços públicos e tocar para novos públicos, o show da banda Caldo de Piaba acontece desta vez no calçadão da rua Benjamin Constant (em frente ao Colégio Acreano), às 17h, na hora da muvuca mesmo.

No sábado, encerrando o projeto, o Caldo de Piaba toca em Plácido de Castro, na Praça dos Seringueiros, às 19h.

Então compareça e espalhe a notícia!

Rio Branco
16 de outubro (sexta) 17h
calçadão da R. Benjamin Constant (em frente ao Colégio Acreano)

Plácido de Castro
17 de outubro (sábado) 19h
Praça dos Seringueiros

domingo, 11 de outubro de 2009

Piaba no kombão em Brasiléia


por Kaline Rossi


A trilha sonora do kombão está cada dia melhor. Dessa vez nosso fotógrafo Elisson Magalhães dividiu as caixas de som com Miúda. Ambos se mostraram mestres na arte de musicalizar ambientes móveis. Destino: Brasiléia. A terra das palmeiras imperiais. E era uma chegada triunfal que estávamos planejando, mas devido problemas técnicos, Cidão, nosso motorista trapalhão, foi deposto do seu cargo e virou passageiro. Segura na mão de Deus!



Algumas horas depois: epitaciolândia, brasiléia. Não necessariamente na mesma ordem. Essa transição territorial é bem confusa. Nunca se sabe qual ponte você vai cruzar e se vai estar no Brasil ou na Bolívia. Nossa pousada fica na rua das palmeiras imperiais centenárias de brasiléia. E como não poderia ser diferente: Pousada Las Palmeiras. Deixamos nossa bagagem e seguimos para Cobija, para fazer umas comprinhas básicas e dar um passeio. A cidade está lotada de turistas. Quando escureceu, na rua das palmeiras, acontecia uma apresentação de motocross. Empinamento em uma roda só, cavalos de pau e muitas palmas dos espectadores. As pessoas do interior são muito carentes de cultura. É complicado dividir o público potencial do Caldo de Piaba com uma dupla de motociclistas fazendo barulho de motores e freios no asfalto. Fomos lá, o moço do microfone avisou para o público do show que estava para começar. Definitivamente, fez a diferença.

A praça Hugo Poli foi reformada e está muito bonita. Espaçosa, bancos, árvores, quadras de esportes e até um skate parque. O palco foi montado entre duas palmeiras gigantes. Som e luz impecáveis, público chegando e começa show. Um ambiente muito eclético, com músicas ecléticas para um público idem. Dessa vez, além das famílias, tinham mendigos, crianças, estrangeiros e até idosos em frente ao palco. Todos bailando, balançando suas cabeças uns timidamente, outros não, mexendo suavemente seus joelhos, tentando não se contagiar pelo som, mas muita gente não conseguiu resistir à novidade "da capital". Casais dançavam, idosos batiam palmas e crianças se divertiam à sua maneira: pulando. O show em brasiléia teve uma convidada especial: Lígia Martins cantando 'Chorando se foi'. Com certeza foi um dos pontos altos da noite. Só não ganhou da satisfação de vender um cd do caldo de piaba para uma senhora, idosa, que bailava relembrando sua juventude .“-Pensa o que? Eu danço!”. O Fred quase deu um pulinho, mas se conteve com um sorriso de orelha a orelha: "Isso é legal demais". Para repor as energias e dormir bem: carne de sol com baião de dois, "paçoca de carne” e macaxeira. Comidinha leve para 11h da noite. Boa noite Kombão, é hora de durmir. Amanhã é dia de Xapuri.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Caldo de Piaba no Festival Calango 2009 (MT)


Saiu a programação do Festival Calango 2009, e a gente tá dentro!!!

"O Festival Calango já se tornou um dos marcos da cultura cuiabana. Em 2009, acontece pela sétima vez, e mantém o caráter de ser um dos grandes reveladores e difusores da nova música brasileira [...] A programação desse ano conta com bandas de rock instrumental, como Herod Layne(SP), O Garfo (CE), Caldo de Piaba(AC), a cuiabana Macaco Bong e a Falsos Conejos vinda diretamente de Buenos Aires. Outra banda “hermana” presente no festival é a Norma, que vem se destacando como uma das maiores bandas de rock da Argentina"

Mais no site Do Sol

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Próximo destino: Estrada do Pacífico

E o Kombão não pára! Depois de desembarcar no vale do rio Purus, às margens do rio Iaco, em Sena Madureira, o Kombão volta pro vale do Acre, e segue o rumo da Estrada do Pacífico.

Neste final de semana prolongado com o feriado de Nossa Senhora Aparecida os destinos são: Brasiléia (no sábado, dia 10) e Xapuri (no domingo, dia 11).

Brasiléia, na foto de Gleison Miranda


Algum lugar em Xapuri (foto: Gleison Miranda/Gov. do Acre)


Em Brasiléia o show vai acontecer num palco montado sobre um caminhão, na praça Hugo Poli, que fica próxima à prefeitura, às 19h.

Brasiléia
10 de outubro (sábado) 19h
praça Hugo Poli
Praça Hugo Poli, Brasiléia (foto: Gleilson Miranda)


Em Xapuri, o show rola em palco montado na praça São Gabriel, e começa às 20h, logo depois da missa.
Xapuri
11 de outubro (domingo) 20h
praça São Gabriel
c/ juvenal do forró
Praça São Gabriel (foto: Gleison Miranda/Gov. do Acre)


E você de Rio Branco que está pensando em fazer umas compras em Cobija, ou planejando um passeio em Xapuri, pode aproveitar e conferir um show do Caldo na Praça!



E na outra semana tem mais:

Rio Branco
16 de outubro (sexta) 17h
calçadão, em frente ao Colégio Acreano

Plácido de Castro
17 de outubro (sábado) 19h
praça dos seringueiros